E me desculpem pelo possíveis erros de ortografia! x.x
Caminho para a Amada.
Autor: Micael Culpi
Classificação: 14 +
Gênero: Romance/Drama
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Sempre fui deste tipo de garoto que gostava de vídeo games, e até os meus dezoito anos achava que ia morrer virgem, solteiro e sozinho. Realmente SÓ achava, pois agora tenho alguém para amar, alguém que está sempre em meu coração. E foi ontem que fui onde ela estava só para lembrá-la de nosso aniversário de vinte anos de casados.
Saí cedo de casa, lembrando-me do nosso primeiro beijo. Quando senti os lábios de Paloma pela primeira vez, minha alma saiu do meu corpo. Era apenas um garoto de dezoito anos de idade, e muito imaturo para minha idade. Apaixonei-me logo de cara, por sorte ela era como eu.
Nosso primeiro beijo foi segurando um controle de vídeo game, eu estava tentando ensiná-la a jogar um jogo, em uma reunião de amigos, e quando a olhei agi inconscientemente. Meus lábios tocaram os dela, no começo um leve selinho, mas depois um apaixonado beijo. Deixamos o controle cair com tamanha empolgação.
No aeroporto fiquei na sala de espera por algumas horas, estava feliz, pois ia encontrá-la, ela estava em um estado um tanto longe do meu. Mas todo aquele esforço valia à pena. Enquanto esperava o vôo recordei-me de mais uma coisa interessante: nossa lua-de-mel. Eu havia comprado passagens de avião, porem não sabia que ela tinha medo de voar. Durante toda a viagem eu fiquei segurando sua mão e afagando sua cabeça, sempre sentados. Por sorte nosso destino não era tão distante, quando saímos do avião fui direto para o banheiro.
Embarquei, e quando a avião já estava no alto, fiquei contemplando as nuvens. Quando ela morava comigo costumávamos, nós dois e nossas duas filhas, ver formas nas nuvens e comentar. Eram as tardes mais divertidas. Fiquei fazendo isso no avião, meu sorriso bobão e largo gerou curiosidade nos passageiros perto de mim.
A viagem foi longa. Estava cansado, porem não conseguia dormir de tanta empolgação, este ano eu tinha uma surpresa especial para ela. Mal podia esperar para mostrar. Fiquei contando as horas, escutando música, escrevendo meus roteiros. Tudo que ocupasse minha mente estava sendo bem aceito.
Depois de várias horas sentado, finalmente havia chegado. Caminhei tranquilamente até o salão de desembarque, só estava com a bagagem de mão. Costume que peguei com Paloma, ela sempre me disse que tinha medo de perder a mala dentro do avião. Acabei pegando este medo também. É até engraçado lembrar disso.
Do aeroporto peguei um ônibus, ela estava em uma cidade perto de onde eu desembarquei, o ônibus era o único meio de chegar lá. Liguei para casa, avisando as crianças que já iria encontrar a mãe delas, mandaram-me milhões de recados, não consegui me lembrar da metade. Mas uma frase só resumia todo aquele falatório: “Nós te amamos”!
Depois de uma hora e meia no veiculo eu cheguei à cidadezinha. Estava tão calma, algumas pessoas me reconheceram, perguntaram se eu vim ver Paloma. Era uma pergunta tola, eu só ia lá para aquilo. Andei pela cidade antes de encontrá-la, havia chegado até mais cedo do que o esperado, e eu sabia que ela iria me esperar e sabia exatamente onde.
Já estava quase na hora de encontrá-la, corri para o norte, onde havia uma fazenda. O pasto era completamente verde e plano, com exceção de uma arvore. Corri na direção daquela arvore, meu sorriso era largo. Já tirava da mochila um pequeno pacote e arrancava flores pelo caminho.
Ofegante, mas cheio de energia ainda. Já embaixo da arvore eu olhei para onde ela estava. Meu sorriso continuou largo, mas de meus olhos algumas lágrimas escaparam. Ajoelhei-me de frente para a lápide de Paloma e desembrulhei o pacote. Um controle de vídeo game meio velho, era esse o conteúdo do pacote. Coloquei perto de sua foto, já não agüentava mais o choro. Abracei a lapide como a abraçaria se estivesse viva e sussurrei soluçando.
- Eu te disse que ia achar! Eu disse!
Triste, mas eu gusti ~
ResponderExcluir(chorei também)