Conto - Pela Madrugada

Genêro: suspense, terror

Classificação: 16+

Criado por Micael Culpi

Não conseguia dormir, devia ser mais ou menos duas da manhã, não estava preocupado com isso, amanhã não iria trabalhar. Já tinha bebido um pouco de água, estava voltando para meu pequeno quarto quando eu vi algo que chamou minha atenção. Olhei atentamente a um grupo de quatro jovens, eles estavam armados. Aquilo me assustou no começo, mas logo achei interessante e continuei a observá-los.

Eles tinham um passo extremamente lento, não entendi porque andavam tão devagar. Um deles tinha em mãos uma lanterna, que tremia de medo, aquilo me fazia borrar as calças junto. Não conseguia tirar os olhos daquele grupo, não sabia o que eles estavam fazendo, mas queria descobrir. O rapaz com a lanterna moveu-se rápido, ele viu alguma coisa se mexendo, eu também vi.

Um dos jovens foi onde a luz da lanterna mantinha-se fixa, deixando o rapaz com a lanterna sozinho com as outras duas mulheres. Fiquei tenso, é claro que aquilo daria merda. Ele entrou em um beco, meus olhos se arregalaram. “Deuses” pensei comigo mesmo quando vi apenas a cabeça do rapaz saindo rolando do beco escuro. As duas garotas deram um grito agudo muito alto e o rapaz com a lanterna gritou o nome do falecido amigo. Eu não consegui ouvir o nome dele.

Meus olhos não deixavam de acompanhá-los minha boca estava aberta. Alguma coisa seguia-os, eu não consegui ver o que era, mas deixava um rastro enorme de sangue, havia sangue até demais para só uma pessoa morta. “Ele deve ter matado mais do que só uma” pensei segurando meu próprio ombro. Os jovens corriam desesperados, eu finalmente consegui ver o que era a coisa que os seguia... Eles também. O monstro de mais ou menos dois metros e meio de altura parou na frente daqueles adolescentes, sua boca espumava feito a de um cachorro louco, seu corpo era cheio de escamas, mas sua cara era a coisa mais feia que eu havia visto na minha vida, não conseguiria palavras para descrever.

Uma das garotas estava com uma escopeta, ela mirou rápido e atirou. Apesar do sangue pulando para fora do corpo da criatura ela não morreu. Achei que ela mataria o grupo assim como fez com o outro rapaz, mas ao invés de atacar ele soltou um rugido. Olhei para o quarto para ver se Marília ainda dormia, não queria preocupá-la com aquilo. Para minha sorte ela não havia acordado.

As duas garotas do grupo correram para trás enquanto o monstro soltava seu urro mortal. O rapaz com a lanterna ficou em sua frente, ele falou algo que eu não escutei direito, mas parecia ter dito algo sobre o seu amigo. O jovem sacou sua pistolinha fuleira e atirou três vezes, o monstro recuou.

-MAS COMO?!

Exaustei-me, acabei gritando. As duas garotas viraram rápido, por um momento achei que elas haviam me escutado, mas olharam para o rapaz da lanterna, que agora estava morto também. O monstro começou a correr, e as duas garotas fugiram, focalizei-me no monstro e esqueci um pouco das garotas.

 Estava tão tenso e concentrado que quando escutei um barulho de porta eu pulei para trás. “MEU DEUS, ELAS VIERAM AQUI” pensei em meu momento de euforia, porem era apenas Marília saindo do quarto. Provavelmente ela havia acordado com meu grito, assim que ela percebeu minha cara assustada, correu em minha direção. Suas mãos em minha face me tranqüilizaram um pouco, ela deu um beijo em meus lábios e falou com seu tom doce de sempre.

-Calma, amor, é só um filme de terror!

Disse desligando a TV e me puxando para o quarto.  Ela sabe o quanto eu me empolgo assistindo este tipo de filmes.

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Olá queridos

Sei que o conto não é assustador, mas eu particularmente gosto dele. Como foi Halloween decidi homenagear a data com este conto um tanto antigo. Bem, comentem, digam o que acharam. Ficarei demasiadamente feliz caso façam isso! =D

Mika